terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A educação ambiental nas escolas.

A questão ambiental vem sendo muito discutida atualmente tanto no Brasil, como em nível mundial, vários movimentos vêm ocorrendo em prol à preservação do meio ambiente.
Durante toda esta trajetória e alterações na legislação para que o ambiente não sofra com as degradações causadas pelo “homem”, é perceptível que nas salas de aulas os professores encontrem dificuldades para traballhar com seus alunos a Educação Ambiental, às vezes por falta de um projeto político pedagógico que aborde os problemas ambientais vivenciados pelos alunos em suas cidades. Na maioria das vezes encontramos nas escolas projetos sobre meio ambiente que fogem da realidade local, sendo muito distante dos alunos o que contribui para que o professor, que também não tem muito preparo, se perda no percurso.
O educador tem a função de mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza. A noção de sustentabilidade implica, portanto, uma inter-relação necessária de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual padrão de desenvolvimento (Jacobi, 1997). Nesse contexto, segundo Reigota (1998), a educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos. Para Pádua e Tabanez (1998), a educação ambiental propicia o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente. A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais que se complexificam e riscos ambientais que se intensificam O desafio é, pois, o de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora, em dois níveis: formal e não formal. Assim a educação ambiental deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva holística de ação, que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendo em conta que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o homem. O principal eixo de atuação da educação ambiental deve buscar, acima de tudo, solidariedade, a igualdade e o respeito à diferença através de formas democráticas de atuação baseadas em práticas interativas e dialógicas. Isto se consubstancia no objetivo de criar novas atitudes e comportamentos diante do consumo na nossa sociedade e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos. Tomando-se como referência Vygotsky (apud Tamaio, 2000) pode-se dizer que um processo de reconstrução interna (dos indivíduos) ocorre a partir da interação com uma ação externa (natureza, reciclagem, efeito estufa, ecossistema, recursos hídricos, desmatamento), na qual os indivíduos se constituem como sujeitos pela internalização de significações que são construídas e reelaboradas no desenvolvimento de suas relações sociais. “A educação ambiental, como tantas outras áreas de conhecimento, pode assumir, assim, “uma parte ativa de um processo intelectual, constantemente a serviço da comunicação”, do entendimento e da solução dos problemas” (Vygotsky, 1991).
               
            Acreditamos que se fosse trabalhado em sala de aula nossos alunos iriam adquirir responsabilidades como a de preservar, por exemplo, e ao mesmo tempo estariam construindo esta relação de cuidado com o ambiente, dessa forma a escola estaria cumprindo um dos seus papéis que é de formar cidadãos participativos na defesa do meio ambiente, uma vez que “pensar global, é agir local”.
Referências:


M4U1 - Educação de temas específicos ( Morais, Mara Sueli e Maranhe)
CURSO: EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA – UNESP-SECAD-UAB
Postado por: Rita / Vanderléia / Lilia

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